domingo, 31 de janeiro de 2010

Síntese da análise de conteúdo


A professora Alda sugeriu que, em trabalho de pares, se trocassem as análises das entrevistas e se procedesse à fase de validação inter-investigadores.

Na minha opinião, este cruzamento de informações e troca de impressões entre os colegas faz sentido, na medida em que permite ajustar e relançar outras visões e pontos de vista relativamente à análise destas questões.

É, de facto importante que, dada a subjectividade inerente a este tipo de análise, o investigador aplique processos técnicos relativamente precisos, com pouca preocupação no que concerne a aspectos formais.

Neste tipo de investigação é fundamental criar um conjunto de categorias e subcategorias que permitem chegar aos mesmos resultados após diversas análises em momentos diferentes.

Considera-se que a fidelidade é completa quando a categoria não é ambígua, ou seja, permite classificar a unidade de registo.

Eu e a Áurea trocámos então as nossas matrizes de análise de conteúdo, bem como as próprias entrevistas e partilhámos opiniões sobre as mesmas: as dificuldades que tivemos no preenchimento da grelha, o teor e pertinência das categorias e subcategorias que criámos, etc.
No tocante às duas análises de entrevistas e sobre as quais recaiu a nossa troca de impressões, verifico que ambas têm mais pontos em comum do que pontos divergentes, havendo mesmo coincidências na classificação das diferentes categorias e subcategorias. No entanto, o conteúdo (discurso dos entrevistados) era pouco homogéneo. Penso que se retiraram os traços mais relevantes das entrevistas, tendo-se organizado e tratado os dados recolhidos, codificando-os, já que tratar o material é, precisamente, codificá-lo.

A matriz que elaborei encontra-se aqui ou: