segunda-feira, 8 de março de 2010

Reflexão Final do Trabalho em MIE


Quase chegados ao limiar do primeiro ano deste Curso de Mestrado em Comunicação Educacional Multimédia, cumpre-me fazer agora um breve balanço respeitante a esta Unidade Curricular que ora finda.
Em primeiro lugar, devo confessar que me assaltaram imensos receios e preocupações, quando me vi envolvida numa conjuntura que abarcava várias situações, com as quais teria de lidar em simultâneo e gerir da melhor forma, por forma a conseguir conciliá-las. Na realidade, abraçar quatro unidades curriculares do curso, cada uma com a sua especificidade e inerentes exigências, o factor tempo a dedicar a estas disciplinas, à família,  à área profissional e ainda a um projecto pessoal, foram desafios constantes que tive de enfrentar.
Não obstante ter muitas vezes sentido dificuldades em acompanhar algumas unidades e também esta em particular, como deveria e gostaria, creio ter conseguido cumprir os objectivos que se propunham. Dediquei algum tempo a leituras e a pesquisas individuais, no sentido de conseguir dar resposta às questões que a professora e os colegas iam colocando; por outro lado e aquando a realização dos primeiros trabalhos de grupo, existiu  sempre uma grande empatia e espírito de colaboração entre todos os elementos que constituíam o nosso grupo: As Eurek@s.
No entanto, e por motivos justificados, duas das nossas colegas tiveram de adiar esta unidade curricular, pelo que ficámos reduzidas a duas. Sentimos naturalmente alguma desorientação e dificuldade em fazer face aos trabalhos que iam surgindo e em dar resposta às inúmeras solicitações da disciplina. Surgiu felizmente a possibilidade de nos aliarmos a um outro colega, também ele proveniente de um grupo desmembrado, havendo desde logo um espírito de entendimento e facilidade de comunicação entre todos. Enquanto grupo, creio termos correspondido e cumprido os objectivos preconizados por esta disciplina. Por razões óbvias, retirámos assim o determinante que precedia a palavra Eurek@s e prosseguimos o percurso.

No que diz respeito à minha prestação individual, esforcei-me por realizar as tarefas que iam sendo sugeridas, por cumprir os prazos estabelecidos e por participar oportunamente nos fóruns,  tentando fazer intervenções que trouxessem algum valor acrescentado aos assuntos que iam sendo discutidos, para além de interagir com os colegas.
Apesar de nem sempre o conseguir, tentei fazer actualizações frequentes e regulares no webfolio, com posts que complementassem ou evidenciassem as pesquisas e leituras que ía fazendo, bem como proceder a algumas reflexões e apreciações relativamente aos assuntos em análise.

Foi igualmente minha preocupação analisar e propôr sites e textos que se integrassem nos temas em estudo, partilhando-os com a Comunidade, quer através do espaço  Fontes no Moodle, quer por meio de posts e referências no meu blog.
Os posts e documentos que foram elaborados individualmente ou em grupo encontram-se devidamente contextualizados no webfolio, com tags ou etiquetas adequados aos temas abordados.

Penso que falhou (mea-culpa também) a interacção inter-blogs, pois poderíamos ter feito comentários nos portefólios dos colegas, muito embora compreenda que a sobrecarga de trabalho não o tivesse permitido. No entanto, foi com agrado que recebi um comentário e pedido de colaboração por parte de um mestrando de outra universidade, com o qual tive a oportunidade de comunicar via e-mail e messenger.

Quanto ao teor do trabalho produzido, penso que, de uma forma geral, foi ao encontro das minhas expectativas iniciais desta unidade curricular, enquanto preparação e tomada de conhecimento dos fundamentos teóricos, que irão auxiliar a elaboração da tese do 2º ano do curso de mestrado. Por exemplo, em termos práticos, a realização da entrevista serviu para nos dar apenas um cheirinho do que é o trabalho no terreno com os agentes do processo educativo, mas penso carecer de mais algumas achegas quanto ao verdadeiro tratamento dos dados recolhidos, que foram abordados de uma forma muito superficial. A análise de conteúdo foi realizada, penso eu, um pouco intuitivamente, sem  uma orientação precisa do que se pretendia. Nesta etapa em que tive a percepção de que estaríamos em pleno trabalho autónomo, valeu-nos o espírito colaborativo entre os membros do Eurek@s (e não só...!!) que tiveram a oportunidade de também estreitar laços de amizade, partilhando conhecimentos e criando uma dinâmica muito positiva entre todos.

Em suma, neste balanço que faço da disciplina de Metodologias de Investigação em Educação, posso dizer que se saldou numa experiência muito positiva e enriquecedora, que me deu algumas bases que irão sustentar o trabalho futuro de investigação. Este webfolio será igualmente um repositório útil de conteúdos, com acesso a diferentes fontes e aos blogues dos colegas.
Olhando para trás, vejo com satisfação que o esforço, a dedicação e o empenho foram os ingredientes indispensáveis à obtenção de resultados que reconheço como compensadores, do ponto de vista das aprendizagens desenvolvidas.
O meu MUITO OBRIGADO a todos os que contribuiram para o meu crescimento: professora, colegas, família (que muito me apoiou nesta escalada educativa), e espero que também tenha deixado alguma marca positiva no percurso global desta comunidade de aprendizagem...

domingo, 7 de março de 2010

Design-based Research (DBR)

De acordo com Wang e Hannafin (2005) a definição de Design-based Research passa por enunciar as seguintes características: "é uma metodologia sistemática mas flexível, com o objectivo de melhorar as práticas educativas através de uma análise iterativa, design, desenvolvimento e implementação, baseada na colaboração entre investigadores e os profissionais em contextos reais, levando a teorias e princípios do desenho em contexto."(p.6)
“Pragmatic, Grounded, Interactive, iterative and flexible, Integrative, and Contextual” (p. 7).
Pragmatic: its goals are solving current real-world problems by designing and enacting interventions as well as extending theories and refining design principles (Design-Based Research Collective, 2003; Van den Akker & et al., in press).
Grounded: design based research is grounded in both theory and the real-world context (Wang & Hannafin, 2005).
Interactive Iterative and Flexible: in terms of research process, design-based research is interactive, iterative and flexible. Design-based research requires interactive collaboration among researchers and practitioners. Without such collaboration, interventions are unlikely to effect changes in the real world context (DBRC, 2003; Reeves, Herrington, & Oliver, 2005; Wang & Hannafin, 2005). Also, design-based research usually takes a long period of time because theories and interventions tend to be continuously developed and refined through an iterative design process from analysis to design to evaluation and redesign (Bannan-Ritland, 2003; Design-Based Research Collective, 2003; Van den Akker & et al., in press; Wang & Hannafin, 2005). This ongoing recursive nature of the design process also allows greater flexibility than do traditional experimental approaches.
Integrative: design-based research is integrative because researchers need to integrate a variety of research methods and approaches from both qualitative and quantitative research paradigms, depending on the needs of the research.
Contextual: design research is contextualized because research results are “connected with both the design process through which results are generated and the setting where the research is conducted” (Wang & Hannafin, 2005, p. 11).

Fonte: http://projects.coe.uga.edu/dbr/explain01.htm - A Peer Tutorial for Design.based Research

Segundo Collins et al. (2004), Design-based Research pretende responder a diversas necessidades e questões relacionadas com o estudo da aprendizagem, a saber:
- a necessidade em responder a questões teóricas sobre a natureza da aprendizagem em contexto;
- a necessidade em desenvolver abordagens ao estudo do fenómeno da aprendizagem em situações reais, em vez de as submeter a práticas laboratoriais;
- a necessidade em ir além das limitadas e tradicionais formas de avaliar a educação;
- a necessidade em obter resultados através de uma avaliação formativa.