quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Guião Entrevista Mcem Eurekas

A entrevista é semi-estruturada e insere-se num estudo de caso sobre as representações de professores do ensino básico/secundário que sejam amigos pessoais dos estudantes do MCEM.

São três as questões de investigação:

1) O que pensam esses professores sobre as redes sociais a exemplo do Facebook, Myspace, Twitter, etc?

2) Como é que vêm a sua (hipotética/real) participação numa rede social?

3) Que expectativas têm sobre o seu uso no ensino?

Eis o produto da nossa labuta. ;)


Guião de Entrevista

As Eurek@s, antes constituídas só por membros do sexo feminino, sofreram duas baixas com a saída da Alexandra e da Luísa, por motivos de saúde. A Áurea e eu ficámos muito pesarosas, mas compreendemos as razões apresentadas pelas colegas. Como o grupo ficou reduzido a estes dois elementos e pela circunstância que o colega João Monteiro também se ter visto a braços com o mesmo problema, decidimos com a anuência da professora Alda, acolhê-lo na nossa equipa.
Deixo ainda  aqui o meu sincero agradecimento às duas excelentes colegas, Xana e à Luísa, grandes amigas e com um espírito colaborativo notável.

Relativamente ao trabalho da actividade 2. Métodos e instrumentos de recolha de dados - 5ª parte, o qual consta da elaboração de um guião por cada equipa para uma entrevista, os Eurek@s puseram mãos à obra e após algumas dificuldades, principalmente de ordem de saúde, conseguiram levar a cabo mais esta empresa.
Penso que está bem conseguido e vai ao encontro dos objectivos preconizados. Em relação aos guiões dos colegas das outras equipas de trabalho, também os considero bem elaborados, denotando grande cuidado na elaboração e sequência das questões, na estrutura geral e até na apresentação gráfica. Parabéns a todos!

Após a discussão em fórum acertar-se-á um guião conjunto, que deverá ser usado na realização de entrevistas no terreno.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Entrevista semi-estruturada



 - Caracteriza-se pela existência de um guião previamente elaborado, o qual serve como documento orientador do desenvolvimento da entrevista.
- Compõe-se de questões abertas e fechadas.
- Pretende que os entrevistados/participantes respondam às mesmas questões.
- Não exige uma ordem rígida nas perguntas.
- Possui um elevado grau de flexibilidade na exploração das questões.
- O desenvolvimento da entrevista tem tendência a adaptar-se ao entrevistado.

    Vantagens:
- Permite um tratamento mais sistemático dos dados.
- Aconselhada para entrevistas a grupos.
- Optimiza o tempo disponível.
- Permite seleccionar temas para aprofundamento.
- Permite introduzir novas questões.

       Desvantagens:
- Requer uma boa preparação por parte do entrevistador que irá conduzir a entrevista.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Métodos de recolha de dados

Observação participante


Na Observação Participante, o principal instrumento de pesquisa, é o investigador, num contacto directo, frequente e prolongado com os actores sociais e os seus contextos; as diversas técnicas reforçam-se, sendo sujeitas a uma constante vigilância e adaptação segundo as reacções e as situações.
A. Firmino da Costa em «A pesquisa de Terreno em Sociologia» in ALMEIDA, João Ferreira de / PINTO, José Madureira, A Investigação nas ciências Sociais, Presença, 1995, p 133. (1).

Esta observação deverá ser atenta e integrada, no que concerne aos sujeitos, aos cenários, às acções, reacções e a tudo o que constitua o sistema observado. De acordo com os objectivos previamente estabelecidos, o investigador assumirá uma postura reflexiva perante o observado, tomando notas, registando e recolhendo dados através dos instrumentos que entender convenientes no decurso da investigação.

Se o observador se adaptar ao meio observado, encarando-o como uma fonte de informação e também de aprendizagem, este terá seguramente resultados satisfatórios. Isto deve-se, em grande medida, à complexidade do papel do investigador/observador participante, ao qual é exigido elevados níveis concentração, discernimento e uma boa capacidade de relacionamento com outros indivíduos. O investigador deve certificar-se, de acordo com as suas necessidades de pesquisa e universo em estudo, quais serão as técnicas mais vantajosas e que, ao mesmo tempo, confiram fiabilidade e validade à investigação.

No caso das técnicas de recolha de informação, uma pode ser mais adequada em algumas situações, enquanto que outras poderão ser úteis para o restante processo de investigação. É assim, de grande utilidade, o cruzamento de algumas técnicas para alcançar os nossos objectivos, pois as vantagens de um instrumento de recolha, podem compensar as limitações de outro.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Estudo de caso

Um estudo de caso é um método de investigação qualitativa que se centra sobre o estudo de um determinado contexto, indivíduo ou acontecimento específico (o caso). Este método é adequado para responder às questões "como" e '"porquê" que são questões explicativas e tratam de relações operacionais que ocorrem ao longo do tempo mais do que frequências ou incidências.


O estudo de caso em investigação educacional


Hopkins (1985) define estudo de caso como “un análisis relativamente formal de un aspecto de la vida del aula”.
(McKernan, 1996)


Comparativamente com outras metodologias o Estudo de Caso distingue-se pela sua vertente fortemente descritiva e baseia-se fortemente no trabalho de campo.
Tem a particularidade de não ser meramente descritivo, podendo:

  • Interrogar-se a situação;  
  • Confrontar a situação com outras já conhecidas e com teorias já existentes;  
  • Contribuir para formar novas teorias e novas questões para futura investigação. 
De forma sintética, YIN (1989) apresenta quatro aplicações para o Método do Estudo de Caso:

1. Para explicar ligações causais nas intervenções na vida real que são muito complexas para serem abordadas pelos 'surveys' ou pelas estratégias experimentais;

2. Para descrever o contexto da vida real no qual a intervenção ocorreu;
3. Para fazer uma avaliação, ainda que de forma descritiva, da intervenção realizada; e

4. Para explorar aquelas situações onde as intervenções avaliadas não possuam resultados claros e específicos.

Vantagens do estudo de caso:






- obtém-se resultados bastante acessíveis e compreensíveis;
- normalmente os resultados revelam-se bastante realistas, uma vez que:
  • facultam informações aplicáveis a outras situações similares.
  • podem ser realizados por um único investigador.
  • podem conter e ser construídos em acontecimentos não antecipados e variáveis não controladas
Limitações








- exigem um longo período de tempo;
- não estão facilmente abertos a uma refutação;
- os resultados não são generalizáveis;
- por vezes, envolvem custos elevados;
- os dados são difíceis de organizar;
- validade interna pode revelar-se limitada em virtude da subjectividade do próprio observador;
- exigem uma preparação, em termos de formação teórica, bastante aprofundada.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Análise da dissertação com a utilização do questionário

Neste tópico, procedeu-se à análise da dissertação O PAPEL DA INTERNET NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO da autoria de Cidália Neto, tendo como suporte a pesquisa efectuada ao longo dos temas anteriores.

Em primeiro lugar devo dizer que, em qualquer processo de recolha de dados, é necessário desenvolver um processo sistemático que assegure a fiabilidade e a comparabilidade desses dados, mais especificamente, é necessário que se estabeleça à partida um plano de amostragem de acordo com a população alvo, com a definição da população a inquirir e com um processo adequado de administração do inquérito.
Tentando dar resposta às questões formuladas pela professora, aqui fica a minha análise.
1- A autora apresenta claramente os objectivos de investigação que presidiram à elaboração do questionário?
No seu plano de dissertação, a autora apresenta claramente os objectivos gerais do estudo e operacionaliza-os.

- Verificar as condições de acesso à Internet (professores e alunos).
- Caracterizar a relação de professores e alunos com a Internet, numa perspectiva comparativa.
- Analisar as representações dos dois grupos, no que respeita à Internet e ao seu papel na sociedade, em geral, e na educação formal, em particular.
• Averiguar a forma como os alunos realizam uma pesquisa na Internet. Verificar a facilidade de acesso (ou não) à Internet.
• Verificar a frequência de acesso à rede.
• Apurar as razões de uma fraca navegação na Internet (se for o caso).
• Identificar os interesses que motivam o acesso à rede.
• Caracterizar a relação dos dois grupos com a Internet, em termos técnicos.
• Identificar as representações que os actores educativos têm acerca dos conteúdos presentes na Rede e sua organização.
• Verificar o grau de importância atribuída à Internet.
• Aquilatar o grau de confiança relativamente aos conteúdos que circulam na Internet.
• Comparar as perspectivas e práticas dos dois grupos alvo.
Relativamente ao grupo de professores, pretende-se ainda:
• Caracterizar a relação dos alunos com a Internet, sob o ponto de vista dos professores, em termos técnicos e cognitivos.
• Verificar se os professores ajudam os alunos nas suas pesquisas realizadas na Internet.

2- Na dissertação apresentada há indicação dos passos que estiveram subjacentes à construção do questionário?
Aqui são indicados apenas o tipo de questionários a administrar: constituídos por perguntas fechadas e por questões de escolha múltipla, p. 66, não especificando, em concreto, a ligação de cada item do questionário a cada um dos objectivos visados, tão pouco o peso atribuído a cada um deles.

3- A amostra é claramente identificada?
Considero que a amostra se encontra claramente identificada: dois grupos de sujeitos, professores e alunos do 3º Ciclo do Ensino Básico, com referência à área de aplicação: escolas da DREN, do distrito do Porto e Bragança, no sentido de permitir uma comparação dos resultados entre o litoral e o interior.

No total aplicaram-se 350 inquéritos aos alunos e ao grupo dos professores foram realizados 110, sem estabelecimento de qualquer distinção entre zonas geográficas, visto que a vida profissional de grande parte dos docentes se caracteriza pela mobilidade constante.

4- É indicado o método usado na definição da amostra?
A existência de professores colocados naquelas escolas parece ter sido critério de selecção das mesmas, uma vez que estes mostraram interesse em colaborar no preenchimento e aplicação dos inquéritos junto dos alunos e colegas, bem como a presença de computadores ligados à Internet para uso dos alunos.

Quanto aos alunos, seleccionou a faixa etária situa-se entre 13 e 15 anos, apresentando uma razão que também julgo não estar bem justificada ou ligada aos objectivos do estudo. A autora invoca a entrada no período da adolescência com as suas características muito próprias relativamente ao sétimo ano, uma razão de escolha que carece de fundamentação mais clara.

Embora não directamente clarificada, a autora usou de uma amostragem não aleatória por conveniência e intencional.
• Amostra intencional: Composta por elementos da população seleccionados intencionalmente pelo investigador, porque este considera que esses elementos possuem características típicas ou representativas da população;
• Amostra por conveniência: Os elementos são escolhidos por conveniência ou por facilidade. As amostras obtidas desta forma não são representativas da população e, em geral, são enviesadas.

5- O questionário usado foi objecto de validação prévia?
Após a sua elaboração o questionário foi submetido à apreciação de 20 alunos e 10 professores. As dúvidas, dificuldades ou sugestões dos intervenientes permitiram corrigir e reformulação algumas questões menos claras ou bem conseguidas.

6- No capítulo da explicitação da metodologia usada há indicações sobre o modo de tratamento dos dados obtidos com a aplicação do questionário?
Para o tratamento dos dados, a dissertante indica o programa Excel, sendo os resultados apresentados, sempre que se revelasse útil, na sua perspectiva percentual.

TEMA 2 - A recolha de dados

Tema lançado pela professora no fórum iniciado a 16 de Novembro de 2009




As investigações dentro do paradigma positivista utilizam métodos quantitativos para recolher dados empíricos (seja de métodos experimentais ou quase experimentais, ou métodos que procuram relações de causa-efeito com objectivos de generalização, etc.)
Contudo, também investigações no âmbito de paradigmas naturalistas e do paradigma sociocrítico faz uso de dados quantitativos. Investigações de natureza exploratória, de entrada no campo recolhem dados por vezes misturando técnicas quantitativas e qualitativas.
Nesta raiz pretende-se fazer um apanhado geral da recolha de dados usando técnicas quantitativas, discutir as suas vantagens e procurar  ver em que casos elas serão úteis.
Baseando-se nas pesquisas efectuadas, quem inicia a discussão?
[ ] Alda Pereira

Intervenção em 18 de Novembro de 2009


(...) após as minhas pesquisas, apenas irei focar, neste primeiro post, alguns aspectos concernentes à temática em causa, tentando complementar os assuntos que já foram mencionados.

Antes de mais, devo dizer que este tipo de abordagem (recolha de dados usando técnicas quantitativas), é um método de pesquisa social que procura exprimir as relações de dependência funcional entre variáveis para tratarem o “como” dos fenómenos.


Por norma, a recolha de dados é feita através de inquéritos por questionário, procedendo-se depois à organização dos dados, recorrendo-se por fim a técnicas de estatística descritiva.


O pesquisador procura identificar os elementos constituintes do objecto estudado, estabelecendo a estrutura e a evolução das relações entre os diversos elementos.
É uma pesquisa normalmente indicada para informações positivistas, precisas e em casos que se podem generalizar.

Como se tratam de dados métricos (medidas, comparação/padrão/metro) e as abordagens são experimental, hipotético-dedutiva, têm como base as metateorias descritivas e formalizantes. A sua grande vantagem é a automaticidade e precisão e o controle dos bias.
É uma abordagem apropriada para medir opiniões, atitudes e preferências, como comportamentos. O pesquisador, diante das exigências do projecto, deve buscar o controle da subjectividade, levando os indivíduos a expressarem livremente as suas opiniões, respeitando igualmente os valores e responsabilidades do pesquisador para consigo e para com a sua profissão, fazendo interpretações através de um esquema conceptual, salvaguardando a expressão de opiniões, crenças, atitudes e preconceitos.





Intervenção em 19 de Novembro de 2009





Começaria por definir questionário, segundo Quivy & Campenhoudt: 1992, “o questionário é um instrumento de observação não participante, baseado numa sequência de questões escritas, que são dirigidas a um conjunto de indivíduos, envolvendo as suas opiniões, representações, crenças e informações factuais sobre eles próprios e o seu meio”.


Apesar de não ser imprescindível que todos os projectos de pesquisa utilizem o questionário como instrumento de recolha e avaliação de dados, este revela-se muito útil na pesquisa científica, sobretudo no campo das ciências da educação.
A construção de um questionário não se afigura, todavia, uma tarefa fácil, mas dedicar algum tempo e esforço na sua construção pode constituir um factor favorável ao “crescimento” de qualquer investigador.

A elaboração e aplicação de um inquérito por questionário, pressupõe que se tenha em conta a interacção indirecta existente entre ele e os inquiridos. Por exemplo, as habilitações do público-alvo deverão ser consideradas, uma vez que a linguagem e o tom das questões que constituem esse mesmo questionário, são factores bastante importantes.
É de salientar que as questões formuladas devem ser muito bem organizadas, devendo ser apresentadas numa ordem lógica para quem a ele responde, evitando perguntas irrelevantes, insensíveis, intrusivas, desinteressantes, com uma estrutura (ou formato) demasiado confusos e complexos, ou ainda questões demasiado longas.

Devem ser evitadas perguntas ambíguas que possam, por isso, ter mais do que uma resposta ou sentido, que por sua vez, levem a ter diferentes interpretações. Questões baseadas em pressuposições, double-barrelled questions (duas questões numa só) também não devem ser feitas, bem como perguntas de natureza pessoal, ou que abordem assuntos delicados ou incómodos para o inquirido.
Muito importante: as questões devem ser limitadas e adequadas à pesquisa em causa. Deste modo, elas devem ser desenvolvidas tendo por base três princípios básicos: o Princípio da clareza - devem ser claras, concisas e unívocas; o Princípio da coerência - devem corresponder à intenção da própria pergunta e o Princípio da neutralidade - não devem induzir uma dada resposta, mas sim libertar o inquirido do referencial de juízos de valor ou do preconceito do próprio autor.

Existem dois tipos de questões num questionário:
de resposta aberta - permitem ao inquirido construir a resposta com as suas próprias palavras, permitindo a liberdade de expressão.
de resposta fechada - o inquirido apenas selecciona a opção (de entre as apresentadas), que mais se adequa à sua opinião.
Existem ainda questionários que contém questões de resposta aberta e fechada no mesmo questionário e podem chamar-se mistos.


No que diz respeito ao questionário enquanto instrumento de inquisição a um determinado número de pessoas, este apresenta algumas vantagens e desvantagens.
As principais vantagens traduzem-se em: quantificação de uma maior franja de inquiridos, sistematização dos resultados fornecidos, uma maior facilidade na análise dos dados e sua interpretação, reduzindo o tempo que é necessário despender para recolher e analisar os dados, o seu baixo custo e garantia de anonimato, em grande parte dos casos.

Esta aplicação dos questionários apresenta, por outro lado, também desvantagens ao nível da sua concepção, pois é necessário ter em conta vários items tais como: a quem se vai aplicar, o tipo de questões a incluir, o tipo de respostas que se pretende e o tema que se está a tratar.

Os questionários fornecem respostas escritas a questões previamente fornecidas e como tal existe uma elevada taxa de não- respostas. Esta dependerá da clareza das perguntas, natureza das pesquisas e das habilitações literárias dos inquiridos. No tocante à natureza da pesquisa verifica-se que se aquela não for de utilidade para o indivíduo, a taxa de não - resposta aumentará.


A administração do questionário pode ser directa ou indirecta e deve possuir características que vençam a resistência natural e inércia dos indivíduos inquiridos.


Quanto à utilidade de um questionário, e a título de exemplo, quando aplicado a um público-alvo constituído, por exemplo, de alunos, é possível recolher informações que permitam conhecer melhor falhas e lacunas, bem como ir ao encontro de metodologias de ensino mais eficazes, melhorando a qualidade do ensino.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Balanço da Actividade

Após a realização do trabalho e das ponderações efectuadas acerca do processo de investigação neste módulo, fiquei com a ideia de que, mais do que ensinar a investigar, o objectivo desta unidade curricular centra-se sobretudo na reflexão sobre a investigação em educação e a relação da investigação com o professor e com os constantes e emergentes problemas da educação.

Parece igualmente fundamental que qualquer investigação em educação configure um estreitamento da relação entre professores e investigadores:

É neste momento preciso que os investigadores tendem a repensar e a reforçar a aproximação à prática educativa como espaço de observação e de experimentação, ao mesmo tempo que os práticos de educação se apropriam decididamente da investigação enquanto instrumento de formação e de acção. (Carvalho, 1991: 27)

domingo, 8 de novembro de 2009

Fluxograma da Pesquisa

Com vista à realização deste trabalho sobre quais as etapas fundamentais a um trabalho de investigação, o Grupo Eurek@s recorreu à ferramenta Googledocs onde ia depositando todos os recursos e fontes que achou adequados, manifestando as suas opiniões no que concerne a estas mesmas fontes, tendo procedido então à inserção das mesmas no espaço respectivo na plataforma da Unidade Curricular Metodologias de Investigação em Educação.

Foi um trabalho moroso e minucioso, que obedeceu a critérios de selecção, obrigando-nos a uma leitura e análise de conteúdo, de forma a dar cumprimento aos objectivos  desta actividade. Julgo termos dado um contributo válido a esta comunidade de aprendizagem.

A construção do fluxograma em equipa teve uma vertente colaborativa bastante acentuada. Com base em vários documentos de diferentes investigadores, todas interagimos e manifestámos as nossas opiniões até chegarmos a um consenso, tendo resultado no esquema que se segue.


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Planear uma investigação

Tentando responder à questão da professora e após algumas pesquisas sobre os passos que regem qualquer processo investigativo, seja ele de pendor quantitativo ou qualitativo ou misto, penso ter chegado a algumas constatações.
Uma proposta de investigação é um documento que resume a revisão da literatura, identifica o tópico da área de pesquisa e as questões a serem respondidas. A proposta de pesquisa é a descrição formal do procedimento a ser usado no estudo.
Se o colega pretende apresentar uma proposta de um projecto para a sua tese de dissertação, deverá ter presente todas as etapas referidas pela professora, sob pena de comprometer,de alguma forma, a sua investigação e amputar algum dos seus princípios.

1. O tópico de pesquisa é o primeiro ponto a ter em conta, sendo de primordial importância que o investigador ponha em evidência a importância e potencial significado do estudo. Deverá referir um claro exemplo aplicado à vida real, para demonstrar a relevância do tópico.

2. Por outro lado, após toda a revisão da literatura e enquadramento teórico do problema onde se desenvolveu toda uma base que sustentará o caso a estudar, é necessário decidir quais as acções específicas que se terão de tomar para ir ao encontro do objecto de estudo.

3. A forma como se formula o problema vai determinar a estrutura da investigação, assentando num tipo de paradigma específico.

4. Depois de se decidirem quais as acções a seguir, urge o surgimento de um plano ou estratégia, que irá fornecer a informação necessária à aplicação do plano que responde às questões de pesquisa e testem as hipóteses que possam ter sido formuladas.

5. Quanto à metodologia, esta centra-se em todos os instrumentos e modos de recolha de informações, no sentido de se obter uma resposta à questão inicial.

6. A amostra ou participantes do estudo são quem intervém na investigação, estando as suas características bem definidas ( idade, sexo…), bem como a forma como irão participar no estudo.

7. O design é o plano ou estratégia que se usa para investigar e responder à questão colocada. Já na etapa do procedimento, é descrito o desenho do estudo e como este irá ser executado, bem como todas as indicações do processo de recolha de dados.

8. Na sequência do desenvolvimento do desenho do estudo deve-se ter presente a questão: Como é que eu vou analisar os dados de forma a testar as hipóteses que formulei? Ao fazer esta pergunta o investigador deve assegurar-se que os dados recolhidos são adequados e se fornecem informação sobre a hipótese do estudo.

9. No tocante às referências bibliográficas, penso que são um importante apoio que confere credibilidade e sustentabilidade à investigação.


Johnson, B., & Christensen, L. (s.d.). Educational Research Quantitative, Qualitative, and Mixed Approaches.

Fases da Pesquisa


Estas são as etapas que considerámos essenciais para levar a cabo um processo de investigação.

ETAPAS DA PESQUISA
1. Preparação e delimitação do problema
1.1. Delimitação do tema / tópico
1.2. Conceptualização do problema
1.3. Questões da investigação e levantamento das hipóteses
1.4. Definição de variáveis


2- Construção do Plano
2.1. Design do estudo
2.2. Unidade de análise
2.3. Metodologia e instrumentos de recolha e análise de dados
2.4. Cronograma

3. Execução do Plano
3.1. Recolha de Dados
3.2. Análise dos dados e tratamento estatístico
3.3. Interpretação e validação das Hipóteses

4. Construção e Apresentação do Relatório de Pesquisa
4.1. Construção do Esquema do Relatório
4.2. Resultados da avaliação
4.3. Elaboração das conclusões
4.4. Reflexão e sugestões para investigações futuras
4.5. Comunicação / Apresentação oral
       4.5.1. Outline da defesa
       4.5.2. Do argumento inicial às conclusões


terça-feira, 3 de novembro de 2009

Etapas do processo investigativo

Considerações deixadas no fórum no âmbito do subtema: Etapas do Processo Investigativo em 30/10/2009

A partir do enquadramento do paradigma, e já entrando na questão formulada pela professora, no processo investigativo há um conjunto de fases a ter em consideração. A forma como este processo se desenvolve é, em muito, dependente do paradigma que o investigador utiliza. A primeira etapa, comum a qualquer tipo de investigação, começa na definição de um problema. Um problema pode ser formulado através de uma questão ou como uma resposta (Almeida & Freire, 2003). Deve ser formulada de forma objectiva, clara e directa.
É possível recolher informação a quatro tipos de fontes: 1) a teoria existente; 2) a observação diária dos fenómenos que nos rodeiam: 3) as sugestões e propostas decorrentes de investigações já realizadas; 4) dos problemas práticos que surgem em determinados contextos e que se querem resolver.
Na formulação da hipótese, o investigador descreve em termos concretos a sua expectativa acerca da relação entre as variáveis do problema. As variáveis podem ser independentes, sendo passíveis de ser alteradas pelo investigador, é a causa da diferença; dependentes, sendo o efeito, procede da variável independente, é o conhecimento ou atitude susceptível de sofrer alterações durante a experiência e tem de ser mensurável. Já a variável moderadora é um tipo de VI secundária, seleccionada com o intuito de verificar se afecta a relação entre a VI e a VD. A variável de controlo, também pode aparecer como variável moderadora, costuma ser neutralizada para que não tenha efeito diferencial/moderador na relação VI/VD. A variável Interveniente é o factor que teoricamente influencia o fenómeno observado. Não pode ser medida, vista ou manipulada.

No que diz respeito à outra questão, um estudo de caso geralmente não permite a generalização de resultados. Trata-se de uma investigação qualitativa, contrariamente à investigação quantitativa que segue a tradição positivista, a qual persegue enunciados “generalistas”, o que aliás esteve na base das pretensões da Educação durante muitos e largos anos.
De facto, tem-se verificado que a grande complexidade das situações educativas e, como já se disse, pelo facto de estas serem vividas por agentes humanos, com todas as teias de intenções e significados inerentes, constatou-se ser difícil a abordagem positivista. Por este motivo, as investigações têm (re)direccionado os seus objectivos, pois mais do que tentar encontrar fórmulas ou soluções para os problemas educativos, tem-se tentado descobrir e enriquecer o acervo colectivo com novos elementos que ajudem a compreender e agir melhor sobre o universo educativo.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Paradigmas da Investigação

Para clarificar e aprofundar conceitos e para melhor me situar nesta problemática do processo investigativo, andei em pesquisas que me permitiram iluminar melhor o espírito...

Segundo a fonte consultada, Wikipedia,
Paradigma (do grego Parádeigma) literalmente modelo, é a representação de um padrão a ser seguido. É um pressuposto filosófico, matriz, ou seja, uma teoria, um conhecimento que origina o estudo de um campo científico; uma realização científica com métodos e valores que são concebidos como modelo; uma referência inicial como base de modelo para estudos e pesquisas.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Paradigma


É certo e sabido que o investigador precisa de tomar decisões durante o seu trabalho de pesquisa. Por este motivo, este deve conhecer os diferentes paradigmas da investigação: o paradigma positivista, o paradigma interpretativo e o paradigma crítico.
O paradigma positivista ou quantitativo interessa-se essencialmente por obter generalizações teóricas de modo a serem aplicadas universalmente, por controlar e prever os fenómenos.
O paradigma interpretativo ou qualitativo interessa-se por compreender a realidade, querer saber o porquê, a teoria surge depois dos factos, em oposição à positivista.
O paradigma crítico interessa-se por intervir na situação ou contexto.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Webfolio de MEI

Enquanto projecto de trabalho pretende-se que este blog (webfolio) seja um um espaço de construção, reflexão e aperfeiçoamento constante, do meu desempenho nesta Unidade Curricular, durante todo o percurso de desenvolvimento do programa proposto.

O Contrato de Aprendizagem prevê que sejam desenvolvidas e adquiridas, nos alunos, as seguintes competências:

•Projectar uma investigação em Educação
•Realizar pesquisas relevantes e seleccionar a informação relevante para os fins em vista
•Proceder a uma revisão da literatura sobre um dado campo, analisando criticamente a informação pesquisada
•Seleccionar e aplicar métodos e técnicas de investigação, tendo em conta os objectivos da investigação
•Proceder à análise e interpretação dos dados recolhidos numa investigação
• Analisar criticamente o relatório de uma investigação
• Adoptar uma postura ética na actividade investigativa
•Reflectir criticamente sobre o percurso pessoal.

(Contrato de Aprendizagem,MEI-09)

Sob a orientação da Profª. Doutora Alda Pereira, esta unidade curricular tem como objectivos principais, por um lado, reflectir sobre a problemática da Investigação em contexto educacional e, por outro, dotar o aluno de competências úteis com vista ao desenho de um Plano de Investigação pessoal, numa perspectiva da elaboração de uma futura Dissertação do Mestrado, prevista para 2º. ano do Curso.


Uma dos grandes objectivos da unidade é a familiarização com os procedimentos metodológicos que norteiam e permitem a realização de uma Investigação no campo da Educação. Isto implica o conhecimento dos vários métodos de Investigação e dos instrumentos de recolha e de análise de dados, bem como a reflexão sobre as respectivas vantagens e desvantagens.

Cada estudante, membro da comunidade, deverá proceder às leituras e reflexões sobre os temas e questões propostas, fazer pesquisas e preparar comentários e elaborações pessoais de forma a participar activamente em todas as actividades.