quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Estudo de caso

Um estudo de caso é um método de investigação qualitativa que se centra sobre o estudo de um determinado contexto, indivíduo ou acontecimento específico (o caso). Este método é adequado para responder às questões "como" e '"porquê" que são questões explicativas e tratam de relações operacionais que ocorrem ao longo do tempo mais do que frequências ou incidências.


O estudo de caso em investigação educacional


Hopkins (1985) define estudo de caso como “un análisis relativamente formal de un aspecto de la vida del aula”.
(McKernan, 1996)


Comparativamente com outras metodologias o Estudo de Caso distingue-se pela sua vertente fortemente descritiva e baseia-se fortemente no trabalho de campo.
Tem a particularidade de não ser meramente descritivo, podendo:

  • Interrogar-se a situação;  
  • Confrontar a situação com outras já conhecidas e com teorias já existentes;  
  • Contribuir para formar novas teorias e novas questões para futura investigação. 
De forma sintética, YIN (1989) apresenta quatro aplicações para o Método do Estudo de Caso:

1. Para explicar ligações causais nas intervenções na vida real que são muito complexas para serem abordadas pelos 'surveys' ou pelas estratégias experimentais;

2. Para descrever o contexto da vida real no qual a intervenção ocorreu;
3. Para fazer uma avaliação, ainda que de forma descritiva, da intervenção realizada; e

4. Para explorar aquelas situações onde as intervenções avaliadas não possuam resultados claros e específicos.

Vantagens do estudo de caso:






- obtém-se resultados bastante acessíveis e compreensíveis;
- normalmente os resultados revelam-se bastante realistas, uma vez que:
  • facultam informações aplicáveis a outras situações similares.
  • podem ser realizados por um único investigador.
  • podem conter e ser construídos em acontecimentos não antecipados e variáveis não controladas
Limitações








- exigem um longo período de tempo;
- não estão facilmente abertos a uma refutação;
- os resultados não são generalizáveis;
- por vezes, envolvem custos elevados;
- os dados são difíceis de organizar;
- validade interna pode revelar-se limitada em virtude da subjectividade do próprio observador;
- exigem uma preparação, em termos de formação teórica, bastante aprofundada.

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