terça-feira, 3 de novembro de 2009

Etapas do processo investigativo

Considerações deixadas no fórum no âmbito do subtema: Etapas do Processo Investigativo em 30/10/2009

A partir do enquadramento do paradigma, e já entrando na questão formulada pela professora, no processo investigativo há um conjunto de fases a ter em consideração. A forma como este processo se desenvolve é, em muito, dependente do paradigma que o investigador utiliza. A primeira etapa, comum a qualquer tipo de investigação, começa na definição de um problema. Um problema pode ser formulado através de uma questão ou como uma resposta (Almeida & Freire, 2003). Deve ser formulada de forma objectiva, clara e directa.
É possível recolher informação a quatro tipos de fontes: 1) a teoria existente; 2) a observação diária dos fenómenos que nos rodeiam: 3) as sugestões e propostas decorrentes de investigações já realizadas; 4) dos problemas práticos que surgem em determinados contextos e que se querem resolver.
Na formulação da hipótese, o investigador descreve em termos concretos a sua expectativa acerca da relação entre as variáveis do problema. As variáveis podem ser independentes, sendo passíveis de ser alteradas pelo investigador, é a causa da diferença; dependentes, sendo o efeito, procede da variável independente, é o conhecimento ou atitude susceptível de sofrer alterações durante a experiência e tem de ser mensurável. Já a variável moderadora é um tipo de VI secundária, seleccionada com o intuito de verificar se afecta a relação entre a VI e a VD. A variável de controlo, também pode aparecer como variável moderadora, costuma ser neutralizada para que não tenha efeito diferencial/moderador na relação VI/VD. A variável Interveniente é o factor que teoricamente influencia o fenómeno observado. Não pode ser medida, vista ou manipulada.

No que diz respeito à outra questão, um estudo de caso geralmente não permite a generalização de resultados. Trata-se de uma investigação qualitativa, contrariamente à investigação quantitativa que segue a tradição positivista, a qual persegue enunciados “generalistas”, o que aliás esteve na base das pretensões da Educação durante muitos e largos anos.
De facto, tem-se verificado que a grande complexidade das situações educativas e, como já se disse, pelo facto de estas serem vividas por agentes humanos, com todas as teias de intenções e significados inerentes, constatou-se ser difícil a abordagem positivista. Por este motivo, as investigações têm (re)direccionado os seus objectivos, pois mais do que tentar encontrar fórmulas ou soluções para os problemas educativos, tem-se tentado descobrir e enriquecer o acervo colectivo com novos elementos que ajudem a compreender e agir melhor sobre o universo educativo.

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